Lideranças entram em acordo e julgamento de Trump continua

Lideranças entram em acordo e julgamento de Trump continua

Após mais de uma hora de incerteza, em que a defesa do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a cogitar a possibilidade de pedir o depoimento de até 300 testemunhas, um acordo entre as lideranças democrata e republicana no Senado permitiu que o julgamento do impeachment prosseguisse ainda neste sábado (13).

Leia também: Por que tudo mudou no julgamento de Trump no Senado?

Os dois partidos, assim como a acusação e a defesa, concordaram em colocar nos registros do julgamento uma carta da representante republicana Jaime Herrera Beutler, relatando uma conversa que Trump teve por telefone com o líder do partido na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, no dia da invasão ao Capitólio, 6 de janeiro.

Dessa maneira, não foi necessário chamar testemunhas e tanto a equipe de acusação quanto a defesa puderam dar início às alegações finais. A votação para absolver ou condenar o ex-presidente deve acontecer ainda nessa sessão.

Durante a invasão, McCarthy ligou para Trump, pedindo que ele ordenasse que os invasores saíssem do Capitólio. De início, o então presidente chegou a dizer que os manifestantes não seriam seus apoiadores, mas sim membros de grupos de esquerda, como os antifas.

O representante, então, falou: "não, esse é o seu pessoal". E Trump respondeu: "bom, Kevin, acho então que essas pessoas estão mais revoltadas com a eleição do que você". Os dois republicanos teriam trocado ofensas em seguida.

O parlamentar descreveu a conversa a diversos colegas, incluindo Beutler, que anotou tudo o que ouviu. Além dela, outros membros do partido confirmaram o relato para a emissora norte-americana, mas sem divulgar suas identidades.

O que aconteceu no julgamento até este sábado

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