
[Avaliação] Vale a pena comprar o Corolla GLI 2020?
[Avaliação] Vale a pena comprar o Corolla GLI 2020?
O desafio da Toyota é grande ao renovar por completo o Corolla 2020. Trata-se da 12ª geração do carro mais vendido do mundo e líder entre os sedãs médios no Brasil há cinco anos. Assim, é complicado mudar um jogador tão importante em um time onde a japonesa está ganhando há um bom tempo.
Para mostrar estas mudanças, avaliamos durante uma semana o novo Corolla 2020. Para tranquilizar os compradores tradicionais de um carro de baixa manutenção e desvalorização, dá para resumir: ele manteve suas principais características. O tamanho é quase o mesmo: comprimento de 4,63m, largura de 1,78m, altura 1,45m e entre-eixos 2,70m. O porta-malas continua com 470 litros.
O visual ficou alinhado ao que a marca oferece no Corolla na Europa e Estados Unidos. A nova identidade da grade, a moldura sobre o logo da Toyota, os contornos em forma de "C" deixaram o carro bem mais jovial. Na traseira uma moldura também percorre a linh de cintura e os parachoques bem vincados deixaram o sedã mais esportivo sem ser tão arrojado, para alegria de quem já conhece o carro de longa data.
Na versão GLI o motor é o Dynamic Force que estreia na linha 2020. Com 2,0 litros é moderno com injeção direta e indireta, duplo comando variável, 13:1 de taxa de compressão, 177cv de potência e 21,4 kgfm de torque. Respondendo melhor em baixa rotação, entrega mais agilidade com o ruído característico dos motores japoneses quando exigido. O câmbio continua sendo do tipo CVT (Direct Shift) que simula 10 velocidades. Nesta versão não há aletas atrás do volante. Foi-se embora a esportividade sugerida pelo desenho.
Ao volante o Corolla freia melhor e ficou mais ágil nas arrancadas, com o novo câmbio. A suspensão é independente tipo McPherson na dianteira e independente double wishbone na traseira o que deixou o carro mais confortável de guiar. A direção elétrica foi recalibrada e não é mais lenta como na geração antiga.
Por dentro, o espaço é quase o mesmo da geração anterior. Nesta versão de entrada nota-se melhor as linhas retas e o estilo mais limpo e atual, parecido com o do RAV4 que usa a mesma plataforma TNGA do sedã. No entanto, faltam itens cromados já que tudo é preto e cinza para dar uma impressão mais digna. Justiça seja feita, o acabamento melhorou como um todo.
Em termos de tecnologia a multimídia tem tela de 8", conexão Apple CarPlay e Android Auto, mas ainda tem muitos botões físicos ao redor e a resolução poderia ser melhor. Falando em botões, nesta versão o freio de estacionamento continua com alavanca e não o sistema eletrônico Auto Hold.
De série o Corolla GLi 2.0 (R$ 99.990) traz conjunto de rodas de liga aro 16", ar-condicionado do tipo analógico, direção elétrica, computador de bordo com tela de 4,2" à esquerda do cluster, conjunto de 7 airbags (frontais, laterais, cortina e joelho do motorista), controle de estabilidade, sistema de fixação de cadeirinhas Isofix, multimídia de 8" com Apple CarPlay e Android Auto além de câmera de ré.
Vale a pena? O GLI é a porta de entrada do novo Corolla ainda que custe, na prática, R$ 100 mil. O conjunto mecânico e a suspensão fizeram o carro subir de nível. Tendo em vista que a versão mais completa custe ainda mais R$ 25 mil para trazer luzes em LED, ar digital, bancos elétricos e Toyota Safety Sense, o modelo de entrada pode ser uma boa pedida.
Concorrência: O Corolla deve continuar na liderança ao manter os atributos que o trouxeram até aqui reforçados pelo novo motor e câmbio. Para o consumidor há opção do Honda Civic que na versão de entrada LX traz itens a mais como freio de estacionamento eletrônico e ar digital por R$ 97,9 mil. Um pouco mais barato está o renovado Chevrolet Cruze LT por R$ 97,7 mil com a vantagem do ágil e econômico motor turbo 1.4. O Jetta Comfortline 1.4TSI custa R$ 109,9 mil e traz itens como luzes em LED, ar condicionado dual zone e o bom câmbio DSG de seis velocidades.
Fonte: r7.com